quarta-feira, 7 de março de 2012

Vale garante viabilidade para volta do trem de passageiros

Sob a coordenação do presidente da Comissão de Obras, Serviços Públicos, Planejamento, Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, vereador José Carneiro Santos, o Buzuca, a Câmara Municipal de Imperatriz debateu em audiência pública realizada na manhã de terça-feira (6), o retorno do trem de passageiros na ferrovia Norte-Sul. A sessão que contou com a presença maciça dos vereadores, do prefeito Sebastião Madeira e do deputado federal Chiquinho Escórcio, foi proposta pelo vereador Hamilton Miranda.

Entretanto, os holofotes estavam todos voltados para José Osvaldo Cruz, gerente de Relações Institucionais da Ferrovia Norte-Sul, que apresentou o esboço de um estudo de implantação do projeto, cobrado pelos políticos, que representa o desejo da população desta região, notadamente a mais carente. Osvaldo Cruz apresentou o projeto minuciosamente, respondeu as indagações dos presentes e garantiu que a diretoria da Vale acha viável a implantação do projeto, embora os investimentos sejam muito altos.

O deputado federal Chiquinho Escórcio disse que a Vale utiliza o estado por meio das ferrovias e transporte, “mas não cumpre em sua totalidade com a responsabilidade social que tem com o povo do Maranhão”. Disse, entretanto, que estava confiado na implantação do projeto, pois acreditava na palavra do gerente José Osvaldo Cruz.


De acordo com o gerente, o estudo inicial apresenta um investimento total em torno de R$ 190 milhões, “mas com alguns ajustes, ele pode cair para R$ 130 milhões”. Os gastos a que José Osvaldo Cruz se refere, diz respeito à implantação do sistema de sinalização da ferrovia, de cercas eletrônicas, da adequação das estações ferroviárias de Açailândia, São Francisco do Brejão e Imperatriz, além da construção da estação de Porto Franco e de uma parada em Estreito.

Osvaldo Cruz informou que o modelo de trem que deverá percorrer a Norte-Sul de Açailândia (MA) a Porto nacional (TO) possui uma classe executiva para 80 passageiros; cinco carros para a classe econômica, com capacidade para 88 passageiros cada um, um carro para bagagem, outro destinado a passageiros com necessidades especiais, lanchonete e restaurante. A locomotiva é formada por 12 carros no total, sendo 6 trens por semana nos dois sentidos.

O gerente de Relações Institucionais da Vale disse se tratar de um processo muito complexo, “sobretudo, no que diz respeito à segurança da operação, uma vez que temos várias travessias e moradias muito próximas à linha férrea”. Osvaldo Cruz reafirmou a necessidade desse estudo e disse que a resposta da diretoria da Vale virá com a sua conclusão. “A Vale está convencida que o serviço de trem de passageiros nesta região é viável”, disse o representante da mineradora, garantindo que, “até o dia 27 de março traremos a proposta definitiva da implantação do trem de passageiros”.

Fonte: Jornal O Progresso

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